segunda-feira, 19 de março de 2012

O Guardador de Rebanhos - Alberto Caeiro - Trecho

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),

É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

esbah d hera






quinta-feira, 15 de março de 2012

Como estamos perto do st patrick's day...

O que são duendes?

São criaturas mitológicas que aparecem em várias histórias do folclore europeu. Apesar de sua origem não ser completamente conhecida, o mais provável é que os duendes tenham surgido junto com elfos, anões e outros seres do além em lendas da mitologia celta e escandinava, em países como Inglaterra, Noruega e Suécia. As primeiras histórias com o personagem são da Antiguidade, mas ele só recebeu esse nome no século 13, quando a palavra duende passou a constar do vocabulário espanhol. Aliás, dependendo da região de origem da história, essas criaturas assumem formas e nomes diferentes. Nos contos medievais irlandeses do século 14 nasceu o leprechaun, um anãozinho que esconde um pote de ouro. Na obra do alquimista suíço Paracelso, no século 16, surgem os gnomos, exímios artesãos que vivem isolados nas florestas. "Mas na maioria dos países não há essa distinção.

Na Inglaterra, por exemplo, todos esses personagens são chamados genericamente de goblins, na Escócia, de brownies, e em boa parte da Europa são simplesmente anões", diz o jornalista Gilberto Schoereder, autor do livro Fadas, Duendes e Gnomos. Na maioria dos relatos, os duendes são retratados como pequenos espíritos esverdeados e travessos, que vivem em um universo paralelo mas interferem nos destinos humanos. Quando são bem tratados, eles ajudam nas tarefas domésticas, mas se ficam zangados podem aprontar das suas, azedando uma jarra de leite ou inventando pesadelos para atrapalhar nossos sonos. Por isso, era costume em algumas regiões da Europa deixar um prato de mingau para agradar essas criaturas ou bater três vezes na madeira para desejar-lhes boa noite. "Na Antiguidade, as lendas de duendes serviam para satisfazer a eterna necessidade humana de encontrar respostas para vários fenômenos inexplicáveis.

De certa maneira, esses mitos realizavam um papel que a religião ocupou nos séculos seguintes", diz o tradutor Francis Aubert, especialista em mitologia nórdica da Universidade de São Paulo (USP). Com o avanço do cristianismo na Europa, os duendes acabaram demonizados, identificados como anjos caídos ou pequenos diabinhos - tanto que muitos ainda são representados com chifres e rabo pontudo. Mesmo assim, as crenças milenares não desapareceram por completo. Prova disso é que até hoje, em regiões mais isoladas da Alemanha, acredita-se na lenda de que crianças que nascem com algum defeito físico são, na verdade, filhos deformados de duendes que foram trocados.

Seres mais que fantásticos
Quem é quem no mundo das pequenas criaturas mitológicas
FADA - Beldade alada

Embora o nome só tenha surgido na Europa no século 13, vários ancestrais desse mito povoam o folclore da Antiguidade. O exemplo clássico são as ninfas da mitologia grega, mas lendas de povos árabes e até dos índios americanos guardam semelhança com essas criaturas. Na maioria dos relatos, as fadas medem menos de um palmo, são lindas e têm asas. Costumam ajudar as pessoas com sua varinha de condão, prevêem o futuro e fazem profecias. No século 20, retornaram em roupagens renovadas em desenhos clássicos da Disney, como Cinderela (1950) e Peter Pan (1953).

DUENDE - Espírito interesseiro

As primeiras lendas sobre duendes fazem parte do folclore celta e escandinavo num período não preciso da Antiguidade. O nome, entretanto, aparece bem depois, apenas em 1221, provavelmente como uma corruptela da expressão espanhola dueño de la casa ("dono da casa"). É uma alusão à descrição mais comum do personagem: na maioria das histórias, o duende é um espírito, na forma de anãozinho verde, que vive dentro de casa. Se recebe um bom presente, pode até ajudar no trabalho. Quando contrariado, apronta várias travessuras.

ELFO - Mago mortal

Histórias sobre elfos existem desde que os povos celtas ocuparam as ilhas britânicas, no século 3. Os escritos mais antigos, entretanto, são os Edda, coleção de mitologia islandesa do século 13 que divide os elfos em três tipos: os brancos, bons, e os negros e cinzentos, perversos. Dependendo da história, os elfos assumem formas que vão de espíritos alados a anões. Todos têm poderes mágicos e são quase imortais - só morrem se forem assassinados. Na Antiguidade, costumavam ser adorados em rituais nas florestas da Escandinávia.

GNOMO - Artesão solitário

Batizados pelo alquimista suíço Paracelso (1493-1541), os gnomos são anões que vivem isolados em minas ou em buracos nos troncos de árvores. Artesãos habilidosos, produzem jóias incríveis e guardam tesouros enterrados. Em 1583, os dicionários franceses incorporaram o termo gnome para identificar "pequenos gênios deformados que habitam a Terra". De fato, na mitologia medieval, esses seres eram representados como pequenos velhos corcundas. Entretanto, em 1937, ganharam um retrato mais simpático no desenho Branca de Neve e os Sete Anões, produzido por Walt Disney.

GREMLIN - Terrorista aéreo

As pioneiras lendas sobre gremlins são da Idade Média. Mas essas ferozes criaturas de 40 centímetros, capazes de atacar pessoas com garras e dentes afiados, só passaram a amedrontar durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na época, ficaram famosas as histórias de pilotos que afirmavam ver os bichinhos dentro dos aviões, mexendo e sabotando equipamentos. Para os céticos, tudo não passava de alucinação provocada pela falta de ar em grandes altitudes. As criaturas viraram sucesso no filme Gremlins, dirigido por Joe Dante em 1984.

LEPRECHAUN - Irlandês enganador

No século 14, um anãozinho com chapéu de três pontas e avental de couro apareceu em uma versão modernizada de uma antiquíssima lenda do folclore irlandês. Era o leprechaun, um ser fantástico que faz sapatos (está sempre consertando o pé esquerdo) e pode ser reconhecido pelo barulho das marteladas. Seu grande trunfo é ser o guardião de um pote de ouro. Quando capturado por um ser humano, ele se salva da morte prometendo revelar o esconderijo do tesouro, mas quase sempre acaba conseguindo enganar quem o capturou e desaparece.

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-duendes

segunda-feira, 12 de março de 2012

Hipátia

hoje vou falar sobre o tipo de cena que me faz não gostar de cristãos
não tenho nada contra o cristianismo
nada contra Jesus
ja devo ter escrito aqui que o acho um cara bem legal
mas não tenho como acreditar na biblia tendo em vista que desde o começo, o cristianismo é controlado pela politica
...
ainda nesse clima de dia da mulheres
eu tava lendo um post da http://katiaianaguivara.blogspot.com/2012/03/mulher.html (perdoem a falta de link é que to postando do trampo onde os blogs são bloquiados, to fazendo uma gambiarra pra postar =P)
e descobri uma tal de Hipátia
resolvi pesquisar:
ela foi uma filosofa, matematica, astronoma, fisica, chegada as artes e poesia, de boa oratoria e retórica (seja la o que isso signifique).
na internet seu nascimento varia entre 355 e 375
nascida em Alexandria, polo cultural na época.
foi uma mulher que seguia o arquetipo de deusas como Atena e Artemis, o que deve ter sido mto dificil.
falando em Atena
estudou em Atenas e começou a ficar mais famosa pelos seus feitos a partir daih (qm kiser q pesquise)
de volta a sua terra natal, foi lecionar na Academia de Alexandria onde havia cursado. Aos 30 anos, Hipátia já atingira o posto de diretora desta escola.
era muito ligada a pai Theon, este, o maior estimulo, incentivo e exemplo p/ tanta inteligencia e incessante busca pelo conhecimento
ele fez c/ que ela seguisse aquela historia de mente sã corpo sadio, então alem d td ela era bonita
mas não quis casar e não o fez.
pelo q eu li ela era pagã, mas se ela assim como seu pai, era uma cientista, isso me leva a crer que ela não tinha religião
ateh mesmo pq um dos conselhos do pai era p/ q seja la o q for q ela acreditasse, q ñ deixasse q isso a impedisse de buscar sempre o conhecimento e a verdade...
gente de todo o mundo a procurava sendo indo ateh ela, sendo por cartas para lhe pedir conselhos e soluções p/ problemas matematicos (acredito q de lógica tb). e foi atravez dessas cartas q se tem algum registro sobre suas ideias...
agora o motivo de indignação
sua morte eh descrita de varias formas por aih pela internet
varia entre 414 e 415 e o motivo entre politico e religioso.
ela era amiga do prefeito Oreste que tinha uns desentendimentos c/ um tal de patriarca cristão Cirilo (q dps viro santo. aih q ódio, ela eh q eh santa, q trouxe conhecimento pra mta gente)
os seguidores desse tal Cirilo (povo ignorante do caralho) pegaram ela no caminho d casa e a esquartejaram (ou sei la o q, pq como disse antes cada pagina diz uma coisa)
alguns dizem q foi por causa da amizade/influencia sobre Oreste e outros dizem q foi por alem disso, ser praticante de magia e consequentemente satanista ¬¬
seja por ql motimo for o q interessa é que cristãos mataram uma mulher inteligentissima e de muito valor pra sociedade, onde só os homens tinham importancia, como professora/diretora.
mulheres como ela é que deveriam ser exaltadas no dia 08/03
ai nem sei como terminar o post e vai ficar sem img msm pq num da pra por... aaahhh pesquisem

segunda-feira, 5 de março de 2012